terça-feira, 25 de novembro de 2014

Monogamia

Vivemos num mundo com tantos padrões e regras que tornam a mera sobrevivência algo difícil de se realizar.
Uma das que têm chamado mais a minha atenção nos últimos tempos é a condição de monogamia.

Nós nascemos, crescemos, estudamos, trabalhamos, achamos o amor de nossas vidas, casamos, temos filhos, os educamos e morremos quando velhos. É isso. Essa é a expectativa que todos nos colocam desde criança e se você fizer algo diferente disso o mundo, e principalmente, sua consciência o condenam.

Poderia enumerar os padrões que seguimos e os que têm sido quebrados (mas não extinguidos) de uns tempos pra cá, mas vou me restringir ao título deste texto: a monogamia.

Começando pelo fato de que nem todo mundo tem a sorte oportunidade de encontrar a metade de sua laranja. Quantas frustrações nos seriam poupadas se não depositássemos tanta expectativa nesse único fator?

E podemos chamar de "sortudo" aquele que encontrou dois amores? Uma pessoa que neste mundo louco conseguiu se sentir completa com duas pessoas diferentes... ao mesmo tempo?! Esqueça o sexo, a putaria, o ménage a trois. Eu estou falando de amor!

Nesse curto período de minha existência já pude conhecer e ouvir histórias de pessoas que simplesmente não conseguiam se ater à um único romance. Se sentiam culpadas, enganavam o(a) parceiro(a), faziam o outro sentir que não lhe bastava e no fim, duas, três ou mais pessoas sofriam.

Como falar que isso é certo, então?

Errado é enganar. Trair a confiança.  Ser desleal. Mentir. Criar falsas expectativas no outro. Mentir. Mentir. Se você faz isso, sim, você está errado.

Mas existe uma grande dificuldade nas pessoas em se assumirem "fora do padrão" e ao não se assumirem como poligâmicas, não assumem para seus parceiros com a devida antecedência necessária.

Imagine que conheceu alguém fantástico, inteligente, que faz seu tipo, e antes que vocês se envolvam, esta pessoa lhe revela que já possui outros amores, que sempre foi assim e que quando um parceiro tenta lhe podar, ela fica infeliz. 

Bom, de cara faríamos vários julgamentos desta figura. Depois voltaríamos para a relação. Será que vale a pena? Será que você sabe lidar com isso? E o ciúme? Saber desta condição é melhor ou pior? E após estas avaliações todas, teria-se um veredicto honesto. Se a pessoa vale a pena, você muda um pouco a cabeça. Se mudar esse tipo de coisa for algo difícil demais, você sai fora.

E todos ficam felizes. Sem mentiras. Sem expectativas frustradas.


Considere que foi muito complicado escrever esse texto para mim, uma capricorniana que adora seguir tradições e padrões da sociedade. Mas a mente aberta é necessária.

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